Lisandro, general Espartano (morto em
Foi um dos Heráclidas, de alguma dinastia grega, mas não era um membro da família real de Esparta.
Não sabemos os detalhes de sua infância e muito pouco de sua carreira. Muito do que se sabe de sua existência deve-se aos escritos de Plutarco, historiador e moralista grego. Conta que era um homem de espírito hábil, sagaz, e, quase sempre ambicioso e cruel. Estabeleceu um sistema de governo autoritário na região que ficou sob sua influência. Diziam-no uma raposa em pele de leão. “Quando a pele de um leão não tem o tamanho necessário, podemos completá-la, costurando-lhe um retalho de pele de raposa”.
Já era almirante quando se travou a batalha naval de Notium (
Estabeleceu um sistema de governo autoritário na região que ficou sob sua influência. Fez aliança com Ciro, o Moço, irmão de Artaxerxes, rei dos persas, a fim de conseguir um ponto de apoio na Ásia Menor e poder mais livremente enfrentar a frota ateniense. Com o apoio do império persa impôs a derrota aos atenienses, em Egospótamos (405), onde se apoderou da cidade e tirou a vida de três mil inimigos. A vitória dos espartanos é terrível. Os atenienses foram massacrados aos milhares. Os navios destruídos, à exceção de umas poucas, que Conon salvou, levando para Chipre. A conseqüência da Batalha de Egospótamos foi decisiva. Com ela, firma-se a hegemonia de Esparta. Atenas, em seguida, é sitiada e rende-se a Lisandro, que impõe duro castigo: destruição dos muros e fortificações, redução da frota a doze navios apenas, uma pesada contribuição de guerra e a formação de uma liga ofensivo-defensiva com Esparta.
No ano seguinte (
Na presença de Lisandro, ao som de flautas, são incendiadas as trincheiras e os muros demolidos. Lisandro faz eleger, depois, os “trinta tiranos”, aos quais fica confiado o governo da cidade. Assim nasceu o governo dos Trinta Tiranos
A hegemonia espartana durou por pouco mais de duas décadas (403-
No entanto, Lisandro tornou-se impopular em toda a Grécia promovendo os interesses dos seus amigos e desejando vingança contra aqueles que o desagradavam. Sua "decarquias" começa a ser eliminada neste período de diminuição significativa da influência de poder político de Lisandro, que presumivelmente seria a intenção dos monarcas espartanos. Devido a esse e outros pontos de atrito, ele retornou ao Esparta, em
No começo da Guerra coríntia (395-
Athenagoras de Atenas escreveu ao imperador Marco Aurélio em torno de 176, acusando os habitantes de Samos de terem deificado, colocado Lisandro entre os deuses. Mas não é novidade, os romanos deificavam os seus imperadores.
Lisandro tem o seu perfil traçado nas frases que lhe são atribuídas: “Fazemos divertir as crianças com brinquedos e os homens com promessas” e “Devemos servir-nos da verdade ou da mentira, conforme as circunstâncias”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário