sexta-feira, 27 de março de 2009

Vlad III, o Empalador

Vlad III o Empalador ( (Sighişoara, 1431 — 1476), também conhecido como Vlad III DraculeaVlad Ţepeş) foi o voivoda (príncipe) da Valáquia em 1448, de 1456 a 1462 e em 1476.

Ao mesmo tempo em que Vlad III se tornou famoso por seu sadismo, era respeitado pelos seus cidadãos por sua ferocidade contra os turcos. Era respeitado como guerreiro e governante que não tolerava o crime entre sua gente, e, durante seu reinado, ergueu grandes mosteiros.

Como voivoda, Vlad III liderou uma política independente em relação ao Império Otomano e, na Romênia, é lembrado como um cavaleiro cristão que lutou contra o expansionismo islâmico na Europa. Em turco, Vlad III é conhecido como Kazıklı Bey, ou o Príncipe Empalador, sendo um herói popular na Romênia e na República da Moldávia ainda hoje. Fora da Romênia, o voivoda é conhecido por contos que exageram suas atrocidades contra seus inimigos, sendo que muitos dos atos que lhe são atribuídos são de veracidade duvidosa. Alguns sustentam que essas lendas teriam inspirado o escritor Bram Stoker a criar seu famoso personagem, o Conde do romance Drácula.

Segundo essas lendas, o voivoda tinha o hábito de empalar seus inimigos, atravessando-os com uma estaca de madeira. Os números de mortos chegariam a dezenas de milhares. Por causa disso, Vlad III ganhou ainda outro nome: Vlad Tepes, "O Empalador". Outra lenda a seu respeito teria surgido depois da invasão de Valáquia pela Hungria, em 1447. Nessa ocasião, Vlad II e seu filho mais velho, Mircea, foram assassinados. Em 1456, Vlad Tepes retornou à região e retomou controle das terras, assumindo novamente o trono de Valáquia. Esse retorno tardio de Vlad III teria confundido os moradores da região, que pensaram ser Vlad II retornando anos depois de sua morte. Isso teria ajudado a criar a lenda de sua imortalidade.

Em 1462, Vlad Tepes perdeu o trono para seu irmão Radu, que havia se aliado aos turcos. Preso na Hungria até 1474, Vlad III morreu dois anos depois, ainda tentando recuperar o trono de Valáquia. Vlad III foi exilado de suas terras por um breve período em 1448, de 1456 a 1462 e por duas semanas no ano de sua morte (1476).

Draculea foi morto em batalha contra os turcos perto da pequena cidade de Bucareste em dezembro de 1476. Algumas fontes indicam que ele foi assassinado por burgueses valaquianos desleais quando ele estava prestes a varrer os Turcos do campo de batalha. Outras fontes dizem que Draculea caiu vencido rodeado pelos corpos dos leais guarda-costas (as tropas cedidas pelo Príncipe Stephen da Moldávia permaneceram com Draculea mesmo após Stephen Bathory ter voltado à Transilvânia). Outra versão é a de que Draculea foi morto acidentalmente por um de seus próprios homens no momento da vitória.

O corpo de Draculea foi decapitado pelos Turcos e sua cabeça enviada à Constantinopla, onde o Sultão a manteve em exposição em uma estaca como prova de que o Empalador estava morto.


Ele foi enterrado em Snagov, uma ilha-monastério localizada perto de Bucareste. Em 1931, quando arqueólogos escavaram o túmulo, não encontraram nada, apenas ossos de animais, o que contribuiu para o mistério.

Um comentário:

Murilo Junior disse...

Interessante a informação, sobre a origem do caráter sobrenatural que foi imputado ao Príncipe Vlad III Draculea, logo após o seu retorno a Valáquia, por ocasião da morte de seu pai, Vlad II Dracul e seu irmão Mircea, em 1456. Quando os moradores da região, confundidos pensaram ser Vlad II retornando anos depois de sua morte.