sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lizandro O General de Esparta


Lisandro, general Espartano (morto em 395 a.C.), que desafiou os atenienses na embocadura do Egospótamos, durante a Guerra do Peloponeso, e tomou Atenas (405 a.C.).

Foi um dos Heráclidas, de alguma dinastia grega, mas não era um membro da família real de Esparta.

Não sabemos os detalhes de sua infância e muito pouco de sua carreira. Muito do que se sabe de sua existência deve-se aos escritos de Plutarco, historiador e moralista grego. Conta que era um homem de espírito hábil, sagaz, e, quase sempre ambicioso e cruel. Estabeleceu um sistema de governo autoritário na região que ficou sob sua influência. Diziam-no uma raposa em pele de leão. “Quando a pele de um leão não tem o tamanho necessário, podemos completá-la, costurando-lhe um retalho de pele de raposa”.

Já era almirante quando se travou a batalha naval de Notium (406 a. C.), na qual foi derrotada a frota ateniense comandada por Alcibíades, assassinado por sua ordem.

Estabeleceu um sistema de governo autoritário na região que ficou sob sua influência. Fez aliança com Ciro, o Moço, irmão de Artaxerxes, rei dos persas, a fim de conseguir um ponto de apoio na Ásia Menor e poder mais livremente enfrentar a frota ateniense. Com o apoio do império persa impôs a derrota aos atenienses, em Egospótamos (405), onde se apoderou da cidade e tirou a vida de três mil inimigos. A vitória dos espartanos é terrível. Os atenienses foram massacrados aos milhares. Os navios destruídos, à exceção de umas poucas, que Conon salvou, levando para Chipre. A conseqüência da Batalha de Egospótamos foi decisiva. Com ela, firma-se a hegemonia de Esparta. Atenas, em seguida, é sitiada e rende-se a Lisandro, que impõe duro castigo: destruição dos muros e fortificações, redução da frota a doze navios apenas, uma pesada contribuição de guerra e a formação de uma liga ofensivo-defensiva com Esparta.

No ano seguinte (404 a. C.) desembarcou no porto de Pireu, e Atenas, e destruiu de vez o poderio ateniense. Voltou para Esparta e tornou-se o mais poderoso político da Grécia de seu tempo. Impôs a todas as cidades rendidas regimes oligárquicos, as decarquias, formadas de partidários seus e vigiadas por guarnições espartanas. Reina então o "Período de Lisandro".

Na presença de Lisandro, ao som de flautas, são incendiadas as trincheiras e os muros demolidos. Lisandro faz eleger, depois, os “trinta tiranos”, aos quais fica confiado o governo da cidade. Assim nasceu o governo dos Trinta Tiranos em Atenas. Ao novo regime, considerado progressista, pertenceu Sócrates, notável filósofo grego, eleito para o Senado. Mas Sócrates não suportou o terror praticado por Lisandro contra os cidadãos tradicionais, e renunciou.

A hegemonia espartana durou por pouco mais de duas décadas (403-371 a. C.) e sua influência política começou a eclipsar-se quando Atenas restaurou a democracia. Em conflito com o rei espartano Agesilau II, que ajudara a conduzir ao trono (399 a. C.), foi morto durante um ataque à Beócia, em Haliartus.

No entanto, Lisandro tornou-se impopular em toda a Grécia promovendo os interesses dos seus amigos e desejando vingança contra aqueles que o desagradavam. Sua "decarquias" começa a ser eliminada neste período de diminuição significativa da influência de poder político de Lisandro, que presumivelmente seria a intenção dos monarcas espartanos. Devido a esse e outros pontos de atrito, ele retornou ao Esparta, em 396 AC, onde talvez começou a conspiração contra o poder das tradicionais famílias reais.

No começo da Guerra coríntia (395-387 AC), Lisandro liderou um exército de aliados Beocia de Fócide e foi morto quando suas tropas foram capturadas em uma emboscada tebana em Haliarto.

Athenagoras de Atenas escreveu ao imperador Marco Aurélio em torno de 176, acusando os habitantes de Samos de terem deificado, colocado Lisandro entre os deuses. Mas não é novidade, os romanos deificavam os seus imperadores.

Lisandro tem o seu perfil traçado nas frases que lhe são atribuídas: “Fazemos divertir as crianças com brinquedos e os homens com promessas” e “Devemos servir-nos da verdade ou da mentira, conforme as circunstâncias”.

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